IMAGENS DA SEMANA: UM BANHO DE PISCINA TRANQUILO NA BAÍA IMUNDA DE MANILA - FILIPINAS !

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IMAGENS DA SEMANA: UM BANHO TRANQUILO EM UMA PISCINA DE LUXO EM SINGAPURA

IMAGENS DA SEMANA: UM BANHO TRANQUILO EM UMA PISCINA DE LUXO EM SINGAPURA

sexta-feira, 23 de julho de 2010

NOVO AQUÍFERO NA AMAZÔNIA !

Uma enorme dimensão física formada por fauna, flora, rios e diversos ecossistemas, componentes fundamentais de manutenção do equilíbrio dinâmico da Terra e de relevância estratégica para toda a humanidade: não é de hoje que a região amazônica atrai olhares do mundo inteiro. A biodiversidade da maior floresta tropical do planeta é tida como uma fonte inestimável de possibilidades econômicas à espera de estudos e descobertas. E é nesse cenário que se localiza o Aquífero Alter do Chão, uma reserva com cerca de 86,4 quatrilhões de litros de água subterrânea, suficiente para abastecer a população mundial em cerca de 100 vezes.
A reportagem é de Jéssica Souza, publicada pelo Jornal Beira Rio Nº 84, UFPA, e reproduzida pelo EcoDebate, 22-07-2010.
É isso mesmo: 86,4 quatrilhões de litros de água potável, localizados em uma formação geológica sob os Estados do Amazonas, Pará e Amapá. Esse número impressionante foi obtido com base em pesquisas realizadas pelo professor André Montenegro Duarte, do Instituto de Tecnologia, da Universidade Federal do Pará, como resultado da sua tese de Doutorado em Geociências, que investigou a potencialidade das águas na Amazônia. A tese, orientada pelo professor Francisco Matos de Abreu, do Instituto de Geociências da UFPA, indicou números preliminares, os quais ainda necessitam de confirmação.
O Grupo de Pesquisa em Recursos Hídricos, integrado por André Montenegro, Francisco Matos e ainda pelos pesquisadores Milton Mata (UFPA), Mário Ribeiro (UFPA) e Itabaraci Nazareno (Universidade Federal do Ceará/UFC), prossegue as investigações, mas necessita de recursos financeiros para confirmar as informações iniciais reunidas com base no cruzamento de dados provenientes da perfuração de poços para a pesquisa petrolífera e poços de extração de água construídos em Santarém, Manaus e outras localidades.
“Os poços da pesquisa de petróleo perfurados pela Petrobras, por exemplo, foram fontes importantes de informação, porque, sendo bastante profundos, fornecem indicações sobre a espessura dos aquíferos. Já com os poços para abastecimento, chegamos a parâmetros hidrogeológicos fundamentais para se ter ideia do volume e da produtividade de água do Alter do Chão”, explica o orientador da pesquisa, professor Francisco Matos. Cerca de 40% do abastecimento de água de Manaus é originário do aquífero Alter do Chão, como também é o caso de Santarém e de outras cidades situadas sobre a Bacia Sedimentar Amazônica.
Protegida da contaminação
O aquífero é um tipo de formação geológica capaz de armazenar e liberar a água. Há outras unidades que podem armazenar, mas não permitem que a água que está dentro delas seja utilizada. Para fazer uma analogia, o aquífero seria como uma esponja, como as que servem para lavar louças em casa. A esponja fica cheia d’água, mas se ela for movimentada ou pressionada, a substância é liberada.
O nome Alter do Chão se dá em referência a uma das mais belas praias do País, situada na região de Santarém. Segundo Francisco Matos, a existência desse aquífero já é conhecida na literatura da área desde a década de 50. “Ainda não temos uma avaliação exata sobre a sua real extensão e a quantidade de água que contém. A novidade da pesquisa de André Montenegro é, justamente, o valor apontado de 86,4 quatrilhões de litros de água, que é, realmente, uma coisa fabulosa em termos de reserva”, ressalta o professor Francisco Matos.
As águas subterrâneas representam a maioria das águas no mundo. “Se você pensar, por exemplo, no caso da Amazônia, as águas visíveis, ou seja, as contidas nos rios, lagos, chuvas, representam 16% do total existente, enquanto 84% correspondem à água subterrânea”, explica o professor. Isso quer dizer que os aquíferos são grandes depósitos de água de qualidade, pois as águas subterrâneas são muito mais protegidas do que as águas superficiais, uma vez que estão menos sujeitas a processos externos de contaminação.
É assim que os aquíferos da Amazônia, na relação que estabelecem com as outras formas de ocorrência de água, dentro do chamado ciclo hidrológico, agregam grande valor ambiental, econômico e estratégico. Além do Alter do Chão, outro aquífero importante na região é o denominado Pirabas, situado em profundidades entre 100 e 120 metros. Ele oferece água de excelente qualidade na Região Metropolitana de Belém e é responsável por, aproximadamente, 20% do abastecimento público.
No Brasil, há outros aquíferos importantes, como é o caso do Guarani, considerado o maior aquífero nacional e com grande valor estratégico, pois está em uma região com grande demanda de água, abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, estendendo-se à Argentina, ao Paraguai e ao Uruguai. No Nordeste, estão os aquíferos Urucuia (BA), Serra Grande(PI) e Cabeças (MA).
Valor estratégico da reserva
Extrapolando o contexto amazônico e analisando o contexto mundial, a água é um recurso que, em grande parte do planeta, está se tornando escasso. Do total de água existente no mundo, 97,5% são de águas que se encontram nos oceanos, ou seja, água salgada, restando apenas 2,5% de água doce, dos quais, 1,75% se encontra em calotas e geleiras polares. Sobra, portanto, tão somente 0,75% que ainda precisa ser repartido entre cerca de seis bilhões de pessoas (total de habitantes da Terra).
Em se tratando dessa escassez, o pesquisador da UFPA André Montenegro Duarte, com base nas pesquisas realizadas acerca do aquífero Alter do Chão, propõe um conceito que visa a preservação das águas mundiais denominado valor do “não uso”. Esse conceito surgiu há, mais ou menos, 60 anos, mas ainda é muito pouco difundido, tanto no meio econômico como na sociedade em geral. A definição parte do princípio de que os recursos naturais têm um valor de uso, direto ou indireto, como é o caso da água e, o de “não uso”, que é o valor de existência desse bem.
Isso quer dizer que o recurso ganha valor e importância pelo simples fato de ser mantido na natureza. “Para citar um exemplo, pensemos no Rio Amazonas, cuja extensão é imensa. Além dos recursos em fauna e flora que nele podemos encontrar ou mesmo da própria água que contém, o Rio tem um imenso potencial de transporte. Esses aspectos lhe conferem valor econômico. E justamente devido à riqueza que oferece, o Rio Amazonas também tem valor só por existir”, explica André Montenegro. No caso do aquífero Alter do Chão, as dimensões impressionantes que possui permitem que seja utilizado de forma sustentável como recurso econômico e, ao mesmo tempo, como reserva estratégica.
Em outras palavras, o conceito do “não uso” gira em torno da consciência da sociedade de que o recurso natural pode ter uma grande valia por ser preservado. E complementa o pesquisador: “o mundo, e a Amazônia de um modo especial, não pode ser visto apenas como um local do qual se retira o que se precisa ou o que pode gerar lucro, uma vez que é um sistema muito suscetível a danos. É grandioso, mas muito frágil. Nós temos tanta abundância de recursos naturais que o ‘não uso’ deles pode possibilitar uma agregação de valor e uma lógica econômica que privilegie um desenvolvimento mais justo e igualitário”. A UFPA tem trabalhado para gerar essa consciência.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

CAMPANHA SOLIDÁRIA CONTRA A FOME....

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou uma campanha denominada 1billionhungry (Um bilhão de pessoas com fome). O propósito é recolher um bilhão de assinaturas em todo o mundo para fazer uma pressão política junto à ONU, mostrando que a fome é um crime.
O que é a fome?
Para os mais afortunados, é apenas a sensação no estômago que lhes diz que "são horas de comer.” Para os que têm menos sorte, e não conseguem ter a comida suficiente todos os dias, a fome fá-los-á sentir débeis e cansados, incapazes de concentrar-se, e até doentes. A única coisa em que conseguem pensar é quando vão ter alguma coisa para comer. Para centenas de milhões de pessoas no mundo inteiro, esta sensação dura todo o dia, todos os dias, e nunca sabem se, e quando, esta sensação vai acabar. Para eles, a fome pode levar à doença e a danos temporários ou permanentes para a sua saúde. Eles não têm comida suficiente para mantê-los ativos e sãos, e não consomem as vitaminas e os sais minerais de que o corpo necessita para funcionar bem. Isto é a fome crônica. Quando a fome é extrema e depois de dias com comida insuficiente ou nenhuma, o corpo começa a alimentar-se da única coisa que pode: ele mesmo, decompondo a sua própria gordura e tecidos, o que consequentemente pode levar à inanição e à morte.
O por que da fome ?
O problema não é a falta de alimentos. Atualmente são produzidos no mundo alimentos suficientes para que todas as pessoas possam ter uma alimentação adequada e possam levar uma vida sã e produtiva. A fome existe por causa da pobreza. Existe porque as catástrofes naturais, como terremotos, inundações e secas, ocorrem muitas vezes em lugares onde as pessoas pobres têm muito pouco ou nada para poder reconstruir, quando ocorrem danos. Existe porque, em muitos países, as mulheres, apesar de serem quem mais trabalha na agricultura, não têm o mesmo acesso que os homens à formação, ao crédito ou à posse da terra. A fome existe por causa dos conflitos, que impedem as pessoas de ter qualquer possibilidade de levar uma vida decente e alimentar as suas famílias. Existe porque as pessoas pobres não têm acesso à terra ou a infra-estruturas agrícolas sólidas para produzir culturas viáveis.
Quem são os que sofrem com a fome?
São, sobretudo, os rurais pobres que vivem em países em desenvolvimento – nas aldeias na Ásia, na África, na América Latina e Caribe – que dependem na sua maior parte da criação de gado ou do cultivo de produtos alimentares em pequenas parcelas, destinados a satisfazer as suas necessidades básicas de nutrição. Os sem terra também são ainda mais vulneráveis e no grupo da fome encontram-se ainda viúvas, órfãos, idosos, trabalhadores eventuais, refugiados. Esses pobres rurais não conseguem um rendimento estável, e por isso não conseguem complementar as suas necessidades de nutrição comprando os alimentos que necessitam. Frequentemente migram para as cidades à procura de trabalho, que é muitas vezes escasso e mal pago. O baixo rendimento traduz-se em poucos meios para comprar alimentos nos mercados locais. As mulheres são normalmente mais afetadas, as que são mal alimentadas durante a gravidez e terão maior probabilidade de dar à luz a crianças desnutridas. Quando catástrofes, como inundações, terremotos e secas atingem países vulneráveis, os pobres vêem-se forçados a abandonar as suas casas e os seus meios de sustento, aumentando assim o número de vítimas da fome.
O que se pode fazer para lutar contra a fome?
Partilhar a esperança de um mundo sem fome é o primeiro passo. Acabar com as desigualdades de gênero e dar às mulheres poder para desempenhar um maior papel no desenvolvimento agrícola, é outro. O problema da fome deve ser uma prioridade nos países mais empobrecidos. Aos pequenos agricultores devem ser facultadas as oportunidades e a educação de que necessitam para poderem produzir alimentos e gerar rendimento em quantidade suficiente para as suas famílias. As economias rurais têm de crescer para aumentar as oportunidades de emprego para aqueles que o necessitam e assim reduzir as migrações do espaço rural para as cidades. Tem que se dar mais ênfase à melhoria do acesso dos pequenos agricultores, tanto a mercados domésticos como internacionais. Os nossos recursos naturais têm de ser geridos de forma sustentável, para assegurar que a terra não seja explorada em excesso. Os setores público e privado têm de colaborar para acabar com a pobreza e a desigualdade e melhorar o acesso a uma alimentação segura para todos.
Como participar da campanha?
A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou uma campanha denominada 1billionhungry (Um bilhão de pessoas com fome). Solicita que divulguemos esta campanha, através da coleta de assinatura. O propósito é recolher um bilhão de assinaturas em todo o mundo para fazer uma pressão política junto à ONU, mostrando que a fome é um crime.O slogan da campanha é: 1 bilhão de pessoas vive com fome crônica e eu estou louco de raiva.Para assinar a petição.
Veja como:Acessar o seu link
Pode-se fazer a assinatura eletrônica, ou baixar o texto do abaixo-assinado e recolher as assinaturas, que é muito simples e não necessita de nenhum documento.Esta campanha foi assumida pelo CONSEA (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) em sua reunião plenária no dia 01 de julho. O Mutirão pela superação da miséria e da fome quer fazer-se presente nesta campanha, solicitando que todas as pessoas envolvidas em nosso trabalho social, à luz da fé cristã, abracem esta causa.A data limite proposta para o recolhimento das assinaturas é o dia 7 de setembro de 2010. Elas deverão chegar à ONU no dia 16 de outubro – dia mundial da alimentação